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Música de Abertura: "Maranhão, Meu Tesouro, Meu Torrão", de Mano Borges

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

CAIPIRA NO DENTISTA
Tive o privilégio de conhecer pessoalmente o grande e saudoso Cornélio Pires, escritor e contador de anedotas caipiras. Famoso por estudar as características do nosso caipira paulista, Cornélio era da cidade de Tietê, pertinho de São Paulo. Ouvi esse causo, e outros, durante um pequeno show dele em praça pública, alinhavado por modas de uma dupla de viola e violão. Foi na cidade de São Joaquim da Barra, quando eu tinha meus 10 anos de idade e já gostava muito dessas coisas.
A história foi assim:
Um caipira estava sentado na cadeira do dentista, com muita dor (de dente, é claro).
Dentista – O senhor quer extrair o dente?
Caipira (geme) – Não, sinhô. Eu quero é rancá, mêmo.
Dentista – Então vou lhe aplicar uma "injeçãozinha", o senhor vai dormir por uns cinco minutinhos e, nesse tempo, eu lhe arranco o dente. Pois está muito inflamado e, com anestesia local, o senhor não iria agüentar. Tá bom?
O caipira ouve com olhar atento.
Dentista (continua falando) – E para arrancar o seu dente eu vou cobrar apenas 10 mil réis.
O caipira então tira do bolso da calça um maço de notas sujas e começa a desfilá-las com as pontas dos dedos molhados de saliva.
Dentista (interrompendo o gesto do caipira) – Não... não... senhor. Não precisa pagar agora, não, meu amigo. Eu não cobro adiantado.
Caipira (olhando para o dentista) – Quem foi que falô que eu vou pagar adiantado? Tô só contando. Vou lá sabê se quando eu acordar desse sono o meu dinheiro ainda vai estar aqui!
Causos do Boldrin

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