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Música de Abertura: "Maranhão, Meu Tesouro, Meu Torrão", de Mano Borges

sábado, 20 de março de 2010

CAIPIRA NÃO SE APERTA
O cumpadi Juvêncio foi pra capitá. Na hora da boia, entrou no restaurante e, pra num fazer feio, sentou ao lado de um cidadão. Tudo o que ele pedia, o cumpadi pedia igual. A história se desenrolou assim:
Cidadão – Ô garçom, me traga um bife a cavalo.
Cumpadi – Um pra mim tomêm.
Garçom (estranhando) – Os senhores estão juntos?
Cidadão – Não, não estamos juntos. Aliás, nem conheço esse capiau aí!
Cumpadi (seguro de si) – Nóis num tâmo junto, mas eu quero um bife-de-cavalo tomêm, uai.
Cidadão (ainda para o garçom) – Aproveite e traga-me um arroz bem soltinho.
Cumpadi – Dois. Um arroz pra mim tomêm.
Daí seguiu-se essa lengalenga. Isso pra irritação do tal cidadão, que foi ficando vermelho.
Cidadão – Traga-me uma água gelada.
Cumpadi – Duas.
Cidadão – Um cafezinho pra arrematar.
Cumpadi – Dois. Um pra mim tomêm.
Cidadão – A conta.
Cumpadi – Duas. Pra mim tomêm (Ainda bem, pensou o cidadão).
Aí o tal cidadão, ao olhar para os próprios pés, notou que os sapatos estavam precisando de uma boa graxa.
Cidadão – Garçom! Traga-me um engraxate.
Cumpadi (no ato) – Um pra mim tomêm!
Cidadão – Peraí, ô capiau. Um engraxate pra nós dois é suficiente.
Cumpadi (na lógica matuta dele) – O sinhô num tem nada cum isso. Eu como um, o sinhô come o ôtro, uai.
Causos do Boldrin

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