REPORTE LINKS INOPERANTES CLICANDO AQUI: MúsicAmiga
Música de Abertura: "Maranhão, Meu Tesouro, Meu Torrão", de Mano Borges

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Célia Maria

"Vi e ouvi pela primeira vez a voz, há uns cinco anos, durante o projeto 'Serenata dos Amores', realizado pela Fundação Municipal de Cultura de São Luís, no antigo terraço da Praça Maria Aragão. Naquela memorável noite, tudo dominado: músicos e platéia;executantes e acompanhantes; curiosos e convidados.A cada interpretação uma cumplicidade natural, traduzida por um mágico repertório, sob as cascatas dos aplausos.
Assim fui apresentado a essa musa negra da nossa canção, chamada Célia Maria. De batismo & casamento, CecíliaBruce dos Reis, nascida no final dos anos 40, no pacato bairro do Retiro Natal. Aos 7 anos de idade já cantava e encantava os habitantes da cidade dos azulejos com suas precoces participações no programa de auditório do Neruda, da antiga Rádio Ribamar, com posteriores passagens também pela Difusora. Daí, para os palcos e programas de calouros da Cidade Maravilhosa.
Anos 60: Rádios Nacional e Mayrink Veiga, vivendo seus tempos de glória; dos shows de César de Alencar, do Abelardo Chacrinha e Flávio Cavalcanti; de 'A Grande Chance', àquela época disputada por inesquecíveis figuras no nosso cancioneiro popular, como a guerreira Clara Nunes, o original Mussum, e o violonista Mão-de-Vaca, que dividiria a cena de muitas noites cariocas, acompanhando Célia Maria. Auge do 'ZiCartola', berço de várias amizades com ilustres personagens da MPB - Zé Kétti, João do Vale, Bethania, Jackson do Pandeiro...
Modesta e majestosa, essa musa negra da nossa canção resolve, enfim, fincar os pés no Maranhão e gestar seu primeiro CD; tal qual um primeiro filho, feito com afeto e capricho, com toda a corujice que só às mães é permitida. Neste filho/CD, de São Luís para o mundo, todo o exemplo de coerência, de dignidade e respeito pela arte, pela bela arte, humana e sincera, de uma artista que chama para si a responsabilidade de cantar Vieira e Buarque, Teixeira e Joões; Bulcão e Bibi Silva; Edu e Ubiratan; fazendo do seu canto um motivo singular para sentirmos, com a devida intensidade, que cantar, mais do que nunca, é preciso!
Mais um ponto positivo para o selo Sabiá, da Fundação Cultural do Maranhão!
Ave César! Nós, poetas, te saudamos, agradecidos!"
Joãozinho Ribeiro
Poeta/Compositor
Encarte
Abrace:
- Célia Maria (2004)

Um comentário:

tsiwari disse...

descobri o seu blog há bem pouco.

parabéns pelo bopm gosto e obrigado pela partilha.

gosto MUITO sobretudo das colectâneas que vai construindo... coisa que eu venho fazendo tb, há tempos.


abraço lusitano, tsiwari