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Música de Abertura: "Maranhão, Meu Tesouro, Meu Torrão", de Mano Borges

domingo, 6 de janeiro de 2008

César Nascimento

Desde os primeiros registros da existência da espécie humana, nada tem sido mais representativo de nossa necessidade de compartilhar idéias, temores, alegrias, conquistas, momentos, do que a fogueira. Desde que da escuridão das cavernas se fez o fogo, homens e mulheres se reúnem em torne dele que aquece, cozinha, protege – clareia. Diante do perigo que queima, mais vale o prazer de compartilhar, de estar junto, de viver reunido.
Dessa experiência primitiva de vivenciar o paradoxo entre o bem e o mal pelo fogo da fogueira, muitas metáforas criamos: o fogo da paixão, a fogueira das vaidades, fogo de palha, fogo na roupa, até aonde nossa imaginação nos levar – É fogo!
Sempre atendendo ao instinto (de sobrevivência?) de reunir, criamos inúmeras situações de encontro em que a fogueira está presente (o símbolo): nas noites de lua nas areias da praia; nos acampamentos; nos churrascos de fogo-de-chão; nas brincadeiras de rua da cultura popular como se faz lá no Maranhão – enquanto o couro estica e afina, o bom mesmo é a conversa fiada: vivências, valores, paixões compartilhadas – é o ritual da fogueira pela perpetuação da cultura.
Celebrando o fogo primitivo das fogueiras que nos reúne e o fogo filosófico das paixões que nos move a passos largos na estrada da vida, eis aqui “Quero Fogo”. Nesse mais recente trabalho, César se entrega a seu processo criativo por inteiro. Em suas palavras, a tradução: “- Eu sou isso aí”.
(Encarte)
Abrace:
- Quero Fogo (2006)

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